Diversidade na África contemporânea: Nações Indígenas

Quando peço aos alunos e alunas que associem palavras à África, o que no geral me oferecem como resposta são impressões, opiniões superficiais em muito construídas por aquilo que a mídia os oferece em termos de informações sobre o continente.

As generalizações estereotipadas são, portanto, recorrentes, não por culpa dos meus aprendizes, mas certamente porque possuímos uma mídia pouco preocupada em dar aos espectadores uma informação mais profunda e complexa sobre o tema.

Desmontar, então, o olhar e a consciência da África como um continente unicamente negro, tribal, selvagem, atrasado, miserável, desigual, primitivo, atrasado, envolto em guerras civis, é uma tarefa desgastante e árdua. Afinal, não bastasse a briga contra os péssimos veículos de comunicação que possuímos, ainda temos que lidar com o trágico racismo, fundado no século XVIII pelo sueco Linné, alimentado por muitos falsos cientistas nos séculos seguintes, reproduzido pelas classes dominantes e incorporado na cultura popular por vários setores da sociedade, inclusive pela própria mídia local, dada a repetição de eurocentrismos.


Enfim, embora trabalhosa a empreitada é válida. Desconstruir para reconstruir uma consciência mais profunda e complexa sobre um continente marcado pela diversidade humana, cultural, econômica e política é essencial.

Começo, então, descartando as noções de tribo e valorizando as inúmeras Nações Nativas do Continente Africano. A intenção não é reforçar estereótipos, mas sim valorizar tais povos naquilo que possuem de maior valor, no caso, as suas tradições culturais.

África: Mapa da Divisão Étnica


Nação Bodi | Etiópia

Nação Maasai | Etiópia


Nação Himba | Angola e Tanzânia


Nação Mursi | Etiópia

Tuaregs | Deserto do Saara

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