FICHA DE RESUMO
V – REVOLUÇÃO CUBANA (1959)
DOCUMENTOS: PROPAGANDA IDEOLÓGICA NO BLOCO CAPITALISTA
A propaganda ideológica de guerra pode ser observada em inúmeros produtos culturais. Abaixo, por exemplo, vemos duas capas de histórias em quadrinhos, uma do Superman e a outra do Capitão América. Não custa dizer também que o Superman, alegoria da nação Estados Unidos, foi extremamente atuante na Segunda Guerra Mundial, tal como, o Capitão América, no entanto, enquanto um estava se defrontando contra os japoneses no pacífico, o outro estava lutando contra os nazistas.
GERAL
I – Pós
Segunda Guerra Mundial (1945)
A) Mundo Bipolar: dividido entre os
interesses das potências hegemônicas que surgiram após o fim da Segunda Guerra
Mundial, nos casos, Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS).
a) Bloco Capitalista: aprofundamento
dos efeitos da Globalização | Doutrina Trumman | Machartismo.
O
comportamento da superpotência, em relação ao bloco sob o seu controle, está
orientada para preservar: 1) os interesses da superpotência; 2) a manutenção do
bloco. Os recursos utilizados são variados e podem ser agrupados: i) pressão ideológico-cultural;
ii) pressão econômica; iii) pressão militar.
b) Formação da OTAN (1949) e do PACTO DE
VARSÓVIA (1955).
c) Plano Marshal (1947) x COMECON (1950
- Conselho de Assistência Econômica Mútua).
B) Descolonização Afro-Asiática
• Poder destrutivo da Segunda Guerra
Mundial = Potências Européias enfraquecidas = oportunidade para que os países
afro-asiáticos invadidos lutem pela independência.
• Lênin: crítica ao Imperialismo | após Rev. Russa: bolcheviques estabelecem decreto definindo o
direito de autodeterminação dos povos | na
prática a formação da URSS em 1922 ignora esta qualidade | Mas, após II GM:
apóia a descolonização | E.U. demonstram preocupação em relação a geopolítica
internacional e pressiona França e Inglaterra a forçar uma solução para
a questão colonial.
a) A Descolonização será alimentada
pelas noções de: i) Direito de um povo de se autodeterminar; ii) nacionalismo;
iii) atração exercida pelo socialismo; iv) posicionamento favorável à
emancipação da URSS.
O Processo
pode ser agrupado em 4 vertentes: INDEPENDÊNCIA NEGOCIADA | i) independência negociada: concessão de autonomia gradual; ii)
metrópole explora as dissensões internas para controlar a emancipação:
Paquistão e Índia; | OPÇÃO REVOLUCIONÁRIA: iii) contenção violenta da emancipação:
Vietnã e Argélia; iv) aliança com grupos internos alinhados aos interesses das
metrópoles: Vietnã do Sul e Filipinas.
b) Conferência de Bandung: (Abril de
1955) 29 países afro-asiáticos emancipados lançam as bases de um movimento cujo
objetivo é o não-alinhamento. Na Conferência foram definidos: i) respeito à
soberania política, econômica e territorial; ii) Não envolvimento com a OTAN e
o PACTO DE VARSÓVIA; iii) reconhecimento da igualdade entre todas as raças e
nações, grandes e pequenas; iv) respeito aos direitos fundamentais de acordo
com a Carta da ONU; v) reconhecimento de que a única instituição com
legitimidade para mediar conflitos era a ONU.
ESTUDOS DE
CASO
I – ÍNDIA
A) Mahatma Gandhi: i) (antes de 1939)
Partido do Congresso pressionava o governo indiano para que houvessem reformas;
ii) Gandhi discordava do Partido e pregava que a independência só seria
conseguida a partir de uma mobilização espiritual da população, resistência
silenciosa, desobediência civil e não violência.
B) Fim da Segunda Guerra Mundial:
Partido do Congresso (Jawaharlal Nehru) + Liga Mulçumana (24% da pop. Indiana) | Negociam a Independência com o governo inglês = 1947 – A Índia se
torna Independente, mas é dividida em Paquistão e Bangladesh.
Documento - Índia
Ghandi
(1869-1948)
"A não
violência é a maior força e a mais ativa do mundo. Não pode ser passivamente
não-violento (...). Uma pessoa que sabe expressar ahimsa (não violência) em sua
vida exerce uma vida superior a todas as forças da brutalidade. (...)
Nos que são
verdadeiramente corajosos, não deve haver malícia, nem raiva, nem desconfiança,
nem medo da morte ou de males físicos. A não-violência certamente não é para
aqueles aos quais faltam essas qualidades essenciais. (...)
Se
permanecermos não-violentos, o ódio ficará sem efeito (...).
Vejo chegar
o dia em que o poder estará na mão dos pobres, seja pela força das armas, seja
pela não violência.
Estais muito enganados se
imaginais que a verdadeira democracia reina nos Estados Unidos ou na
Inglaterra. Pode-se dizer que a voz do povo é a voz de Deus (...). Mas como ser
ouvida se a voz de Deus onde o povo se entrega à exploração, como sucede na
Inglaterra e nos Estados Unidos? Vivem à custa das raças de cor, explorando-as.
(...)
Uma lei injusta é uma espécie de
violência. Prender alguém por causa da infração dessa lei injusta é, ainda
mais, um ato de violência. Ora, a lei da não-violência declara que se deve
resistir à violência não por uma oposição violenta, mas pela não-violência.
(...) Isso eu faço, infringindo a lei e submetendo-me pacificamente à detenção
e à prisão” - Revista Paz e Terra, Rio de Janeiro: Paz e Terra, n. 6, ano II,
p.283-385, abr. 1968.
II –
INDOCHINA (VIETNÃ, LAOS, CAMBOJA)
A) Invadida pela França. Invadida pelo
Japão no início da II GM. Após a II GM os franceses tentam retomar a região.
B) HO CHI MIN: Líder da luta pela
Independência
Opção de
luta: Guerrilha X França (apoiada pelos E.U. que em 1954 sustentavam 78% da
Guerra)
a. A França foi
derrotada em Dien Bien Phu.
b. Os acordos de Paz
da Guerra da Indochina (1946-1954), celebrados em Genebra, dividiram o
Vietnã em duas partes: Vietnã do Norte e Vietnã do Sul; criaram o Laos e o
Camboja.
c. HO CHI MIN adota o
socialismo no Vietnã do Norte X NGO DIHN DIEM alinha-se aos Estados Unidos no
Vietnã do Sul.
d. A CONFERÊNCIA
DE GENEBRA (1956) decidiu que haveriam eleições para reunificar o Vietnã.
e. Vietnã do Sul com
apoio dos E.U. se opôs as eleições porque a vitória de HO CHI MIN era dada como
certa.
f. Em reação, E.U.
apoiam maciçamente o Vietnã do Sul – Envio de tropas para Saigon – 1960:
E.U. se envolvem diretamente no conflito – temor da “teoria do dominó” onde o
Vietnã unificado e comunista arrastaria Laos, Camboja e Sudeste Asiático.
g. Kennedy (1961-1963)
e Lyndon Johnson (1963-1968) ampliam a ofensiva dos E.U.: 1964 = 150 mil
estadunidenses na guerra | 1969 = 550 mil.
h. A Opinião Pública
dos E.U. reagiu à guerra: Assassinato de Civis, Estupros, Armas Químicas
(agente laranja = napalm = Monsanto | ~= 340 mil toneladas) e a corrupção do
Vietnã do Sul ganhariam espaço na mídia.
i. Richard Nixon
(1968): Não retira as tropas como prometeu na campanha eleitoral, MAS após a
projeção de derrota militar em curto prazo para os vietcongs e o Exército do
Vietnã do Norte inicia as conversações para uma “saída honrosa”.
j. 1973 – É
assinado em Paris a retirada das tropas estadunidenses do Vietnã | 1975 – As
tropas do Vietnã ocupam Saigon.
III – ÁFRICA
DO SUL
A) Primeiros Povos: Bosquímanos e
Hotentote.
B) Bantu (Sotho, Zulu, Ovambo e Tswana)
expulsaram seus antecessores.
C) 1652: Holandeses invadem, conquistam
e fundam a Colônia do Cabo e subjugaram os nativos.
D) Século XIX: Ingleses tomam para si a
Colônia do Cabo 1876 (diamantes) e 1885 (ouro) = Guerra
dos Bôeres (1899-1902) = Vitória Inglesa é seguida da anexação dos
territórios independentes dos Bôeres.
E) Em 1910: Colônias Britânicas +
Estados Bôeres = União da África do Sul (Estado Independente, que integrava a
Comunidade Britânica e reconhecia a monarquia inglesa).
F) APARTHEID (Desenvolvimento Separado)
a. 1911: Brancos
Ingleses e Holandeses aprovam leis contra a população: negra; “mestiça” e
asiática (70% de indianos | chegada 1860 p/ trabalhar nos engenhos).
b. 1948: Apartheid
(Desenvolvimento Separado) é oficializado.
c. 1961: Independência
completa da África do Sul.
d. 1971: São criados
os Bantustões (pátria dos Bantos) = terras inférteis e sem riquezas minerais
destinadas para ocupação dos bantos. | Nas cidades = os negros eram obrigados a
morar na townships (favelas) – para transitar nas áreas urbanas era
exigido passaporte. | O uso do espaço público estava divididos para brancos e
negros. | Os negros não tinham direitos políticos (não votavam ou se elegiam) |
Não tinham direito à propriedade da terra | Casamentos mistos eram proibidos |
Proibida a presença em estabelecimento comercial sem autorização.
G) Oposição ao Apartheid
a. 1960: Congresso
Nacional Africano (CNA: fund. 1912) lançou campanha de Desobediência Civil. |
21 de março de 1961: Manifestação no bairro de Sharpeville contra o uso dos
passaportes; O exército reprimiu a manifestação (69 mortos e 186
feridos) | CNA foi considerada ilegal e seu principal líder, o advogado Nelson
Mandela foi condenado à prisão perpétua em 1962.
b. África do Sul sofre
embargo e ruptura diplomática de inúmeros países. | 1976 a FIFA os
expulsou de competições internacionais; | 1971 o COI os expulsam de competições
internacionais.
c. Economia em crise e
protesto global contra o Apartheid e à favor da libertação de Mandela abre
caminho para a distensão.
d. Frederick de Klerk (1989)
suspende o Apartheid e autoriza a participação política partidária de grupos
não negros.
e. 1990: Nelson
Mandela é liberto após 28 anos de cativeiro.
f. 1994: A primeira
eleição multiracial elege Nelson Mandela, primeiro negro no poder após 350 anos
de dominação branca.
William
Ernest Henley (23/08/1849 – 11/07/1903)
INVICTUS
Out of the
night that covers me,
Black as the
Pit from pole to pole,
I thank
whatever gods may be
For my
unconquerable soul.
In the fell
clutch of circumstance
I have not
winced nor cried aloud.
Under the
bludgeonings of chance
My head is
bloody, but unbowed.
Beyond this
place of wrath and tears
Looms but
the Horror of the shade,
And yet the
menace of the years
Finds and
shall find me unafraid.
It matters
not how strait the gate,
How charged
with punishments the scroll
I am the
master of my fate:
I am the
captain of my soul.
INVICTO
Da noite
escura que me cobre,
Como uma
cova de lado a lado,
Agradeço a
todos os deuses
A minha alma
invencível.
Nas garras
ardis das circunstâncias,
Não titubeei
e sequer chorei.
Sob os
golpes do infortúnio
Minha cabeça
sangra, ainda erguida.
Além deste
vale de ira e lágrimas,
Assoma-se o
horror das sombras,
E apesar dos
anos ameaçadores,
Encontram-me
sempre destemido.
Não importa
quão estreita a passagem,
Quantas
punições ainda sofrerei,
Sou o senhor
do meu destino,
E o condutor
da minha alma.
Tradução:
Thereza Christina Rocque da Motta
IV – GUERRA
DA CORÉIA (1950-1953)
A) Japão é derrotado Coréia desocupada.
a. 1948:
Norte-Americanos e Soviéticos dividem a Coréia (referência: paralelo 38).
b. A união que seria
provisória se estende porque E.U. e URSS não chegam a um acordo.
c. 1950: Exército da
Coréia do Norte penetram no Sul para reunificar o país E.U. e ONU enviam tropas ao Norte.
d. Chineses
intervieram a favor da Coréia do Norte E.U. foram forçados a recuar até as
fronteiras.
e. 1953: Armistício é
assinado (Saldo da Guerra = 3 milhões de mortos <300 mil="" militares="" span="" su="">l-coreanos;
142 mil norte americanos; 42 mil aliados dos E.U.; 1,5 milhões de chineses e 2
milhões de chineses; 1 milhão de civis)300>
V – REVOLUÇÃO CUBANA (1959)
ANTECEDENTES
A) Emenda Platt: Organiza o direito de
intervenção dos E.U. em Cuba para defender os seus interesses.
a. Documento: Hector
Bruit
“Em 1905,
havia em Cuba 13 mil colonos norte-americanos proprietários de terras avaliadas
em 50 milhões de dólares. A penetração norte-americana na economia açucareira
cubana se deu por meio de empréstimos hipotecárias, que ao não serem saldados
colocavam a usina nas mãos do banco credor. Foi esse o caso do National City
Bank e do Chase Nacional Bank, de Nova York, que já em 1927 controlavam 12
grandes engenhos dos 75 de propriedade norte-americana. Estes respondiam por
73% da produção de açúcar cubano” – BRUIT, Hector H. Revoluções na América
Latina. São Paulo: Atual, 1988.
b. 1934: Emenda Platt
(intervenção direta) é revogada foi substituída pela política da “boa
vizinhança”. | Política de Boa Vizinhança: Nesta nova política externa,
os Estados Unidos garantiriam os seus investimentos apoiando dirigentes
(ligados as Forças Armadas) que estivessem alinhados aos seus interesses.
c. 10 de março de
1952: o coronel Fulgêncio Batista deu um Golpe de Estado (1934 F.B.:
participou do Golpe de Estado que derrubou o presidente Grau San Martín|
1940-1944: foi eleito democraticamente). | A ditadura instalada a partir de
1952 custou a vida de cerca de 20 mil cubanos.
B) 1953: 14 meses antes Fidel Castro
(jovem advogado) + Raul Castro organizaram um
grupo de guerrilha para derrubar a ditadura de Batista. | Em 26 de julho de
1953 o grupo tentou invadir o quartel de Moncada 70 revolucionários morreram
e inúmeros foram presos | Fidel foi condenado a 15 anos de prisão. |
1955: Após 22 meses sai da prisão (15 de maio de 1955). | No México reorganiza
o Movimento Revolucionário: nasce o “Movimento 26 de julho”: Che Guevara e
Camilo Cienfuegos integrariam o grupo. | Os Revolucionários entraram clandestinamente
em Cuba e a partir de Sierra Maestra organizaram a guerrilha. | Camponeses(as),
Estudantes e Trabalhadores(as). | Rádio Rebelde, controlada pela guerrilha,
transmitia em 1958 para todo país. | Fidel, Che e Raul lideraram 3 frentes de
luta.
a. 1º janeiro
de 1959: Tropas do governo se renderam + lideranças e Fulgêncio Batista
abandonaram Cuba.
b. 1960: Fidel visita
os Estados Unidos, ainda sim em 1960 nacionalizou os meios de produção + várias
corporações estadunidenses (inclusive as refinarias) + reforma agrária.
c. Abril de 1961:
Contra-Revolução organizada pelos Estados Unidos (Desembarque militar (Baía dos
Porcos) + apoio logístico da Força Aérea estadunidense) foram derrotados em 3
dias sem a adesão imaginada.
d. Maio de 1961: Se
alinha a URSS para sobreviver ao vizinho.
DOCUMENTO
Em 1976 o jornalista brasileiro
Fernando Morais escreveu o livro A Ilha. 25 anos depois o jornalista retornou à
Cuba e não deixou de registrar as suas impressões sobre o que viu. Segue,
portanto, um prefácio feito para a 30º edição do seu livro.
Dentro do táxi, a caminho do
aeroporto, uma placa gigantesca me chama a atenção. Colocada ali quando o papa
João Paulo II visitou Cuba, em 1998, ela não foi repintada, mas ainda é
possível ler o que está escrito: ‘Hoje à noite, 500 milhões de crianças vão
dormir na rua. Nenhuma delas é cubana’. Peço ao motorista que diminua a marcha
do carro para eu ter tempo de copiar as duas frases. Quantos países no mundo
atual podem colocar uma placa como essa na rua? Conheço os Estados Unidos, vivi
na França e acabo de voltar do Japão. Nenhum desses três países tem condições,
hoje, de mandar instalar uma placa daquelas em Washington, Paris ou Tóquio e
substituir a última palavra por ‘americana’, ‘francesa’ ou ‘japonesa’. O avião
já está rolando pela pista e eu ainda não consegui responder a pergunta: para
ostentar uma conquista de tamanha dimensão, como a contida naquela placa, é
obrigatoriamente necessário o partido único, a imprensa oficial? E terá que ser
assim, eternamente, ou isso é decorrência, como insistem muitos cubanos, da
guerra movida contra Cuba pelos Estados Unidos? (...)
Os cubanos que nasceram nos
últimos quarenta anos não sabem o que é fome, desemprego, analfabetismo, preço
de consulta médica ou de internamento hospitalar. Um indiscutível prodígio da
Revolução Cubana, sob qualquer ponto de vista, mas sobretudo se considerarmos
que se trata de um país cujo PIB é sessenta vezes menor que o do Brasil. Ocorre
que os que já nasceram com essas conquistas asseguradas agora querem mais – e
nada me tira da cabeça que o que eles querem é respirar. – MORAIS, Fernando. A
Ilha: um repórter brasileiro no país de Fidel Castro. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001.
DOCUMENTOS: PROPAGANDA IDEOLÓGICA NO BLOCO CAPITALISTA
A propaganda ideológica de guerra pode ser observada em inúmeros produtos culturais. Abaixo, por exemplo, vemos duas capas de histórias em quadrinhos, uma do Superman e a outra do Capitão América. Não custa dizer também que o Superman, alegoria da nação Estados Unidos, foi extremamente atuante na Segunda Guerra Mundial, tal como, o Capitão América, no entanto, enquanto um estava se defrontando contra os japoneses no pacífico, o outro estava lutando contra os nazistas.
Quadrinho de 1941.
O uso dos quadrinhos como recurso para propaganda ideológica continuou corriqueiro mesmo após o fim da Segunda Guerra, só que agora em um novo cenário, no caso, o da Guerra Fria.
Iron Man vs Crimsom Dynamo e a Viúva Negra. Abril de 1964.
Agosto de 1954.
Abril de 1989
1989.
Quadrinho de 1947.
Link 1
https://archive.org/stream/IsThisTomorrowAmericaUnderCommunismCatecheticalGuild/IsThisTomorrow_AmericaUnderCommunism_CatecheticalGuild#page/n0/mode/2up
Link 2
http://guerrafriaysupropaganda.blogspot.com.br/2013/07/ee_8.html
Link 3
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3330
Produtos Culturais: Filmes e Animações
Foram inúmeros os filmes lançados no contexto da Guerra Fria dentro do bloco dominado pelos Estados Unidos. Afinal a primeira e mais acalorada frente de batalha dava se na dimensão ideológica. O domínio da imaginação, o controle da mente, a manipulação do medo foram alvos privilegiados dos estadunidenses, afinal, não existe controle mais efetivo do que aquele que se tem sobre a consciência das pessoas. Se a CIA, portanto, na década de 1960 estava testando em estudantes universitários uma droga para controlar as suas mentes, o cinema dos Estados Unidos estava investindo maciçamente na propaganda ideológica. Em sua, controlam se os pensamentos para que sejam controladas as ações.
Alguns filmes trataram de forma mais direta do conflito entre as duas grandes potências do período, mas é indiscutível e não se trata de coincidência a constante presença do azul, cor predominantemente associada aos heróis e ingênuas donzelas que precisam ser salvar por um bom homem, em oposição ao vermelho, sempre associado a alguma força maligna e ao antagonismo. Não é rara também a super exposição intencional da bandeira dos Estados Unidos em inúmeras produções cinematográficas da Guerra Fria até os dias atuais.
Abaixo, são apresentados alguns exemplos desta lógica Azul (Bem) X Vermelho (Mal) e outros discursos ideológicos estadunidenses produzidos no contexto da Guerra Fria.
CINDERELA - Animação de 1950. A vilã Lady Tremaine e a mocinha Cinderela.
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - Filme de 1951. Abaixo a vilã rainha de Copas e a mocinha Alice. Neste momento, vocês devem estar se perguntando porque a Branca de Neve aqui não se encontra. Simples, porque a animação foi lançada em 1937, antes da Guerra Fria, logo a vilã não é retratada no padrão utilizado na Guerra Fria.
MOSCOU CONTRA 007 - Filme britânico sobre o espião inglês 007, lançado em 1963.
STAR WARS - A Saga Star Wars
foi iniciada no ano de 1977 e embora o filme aparentemente não demonstre
intenção alguma de apresentar uma narrativa que faça alusão à Guerra Fria, ele
acaba reproduzindo um padrão muito freqüente no cinema estadunidense, desde o
início da guerra ideológica com os soviéticos. No caso, a cor vermelha, é
associada ao mal, ao Lado Negro da Força, e o seu autoritário e impiedoso líder
- Darth Vader, encarna não só a vilania como representa um grave risco aos
“azulados” Jedis, defensores da República.
TRON - Filme de 1982.
ROCK IV - Filme de 1985. No filme Rock IV lançado em 1985, o boxeador
“americano” Rock Balboa enfrentaria o soviético Ivan Drago após este tirar a
vida do seu amigo Apolo Creed. A luta foi realizada em Moscou e após
intermináveis rounds de muita violência, o embate acabou sendo decidido, claro,
no último e derradeiro assalto. Neste, o adversário Ivan Drago, que lutou
dopado, sofre a vergonha, não só de ver o seu adversário “americano” sendo
aclamado pelo público soviético presente na luta e vestido “à rigor” com trajes
militares, como também perde por nocaute, caindo inclusive fora do ringue. Rock
Balboa é então erguido sobre os ombros, por parte do público que invade o palco
da batalha, vestindo a bandeira dos Estados Unidos. Certamente o final não
poderia ter sido mais perfeito e adequado aos cinemas globalizados e integrados
ao bloco capitalista.
Ivan Drago vs Rock
Rambo 3 - Filme de 1988 onde o super soldado, Rambo, é chamado para salvar seu mentor, o
coronel Trautman, preso por tropas soviéticas no Afeganistão. Faz isto de forma excepcional, despejando muitos tiros e explodindo muitas bombas. É clássica a cena onde, por exemplo, cura um ferimento com a pólvora que tira de uma bala de fuzil, joga no ferimento e ateia fogo cauterizando a trauma.
BRADDOCK - Série de filmes iniciada em 1984 que trazem o supersoldado James Braddock, interpretados pelo ultra cult Chuck Norris, em diversas operações realizadas no Vietnã sempre apresentando é claro os cowboys libertários e democráticos montados em armas super tecnológicas e remediando fantasiosamente, ao menos na tela, a derrota sofrida no campo militar. No Brasil, o filme Missing In Action II, foi traduzido como Braddock 3: O Resgate. O enredo é curiosíssimo, pois marca o retorno do supersoldado ao Vietnã para resgatar o filho que teve com uma vietnamita, 12 anos atrás.
Aladdin - Animação de 1992. Ao fundo os azulados e alvos protagonistas: o Sultão, o Gênio, a princesa Jasmine e o ladrão Aladdin. Á frente o vilão Jafar e seu papagaio Iago.
TRON: LEGACY - Filme de 2010.
Comentários