A Segunda Revolução Industrial produziu não só industrializados de primeira necessidade e outros tantas futilidades acessórias com maior eficiência, volume e em um prazo de tempo muito mais curto do que aquele observado até então.
A produção massificada e em série do Terror e da Morte também se intensificou profundamente no Século XIX, na medida em que as Potências Industrializadas Européias e Estadunidense buscavam criar reservas de mercado de consumo e investimento, tal como, áreas fornecedores de matéria-prima e mão-de-obra baratas na África, na Ásia, na Oceania e nas Américas.
Por sua vez, a perspectiva de um conflito era inevitável, pois, o objeto de interesse era comum. Afinal, é como eu digo para os meus alunos e alunas: BOTEM UM SÓ BOLO DE CHOCOLATE sobre a minha mesa e o divida em 4 pedaços. Haverá certamente disputa, dado que, somos 15 almas gulosas em uma sala!
Como aqueles que estiveram envolvidos com a guerra também eram humanos, não é difícil imaginar similaridade em alguns anseios. Deste modo, desenhou-se por todo o século XIX e início do XX um cenário que jogará todos os países europeus, suas áreas coloniais e o Império Turco Otomano, em guerra.
Que não cometamos o erro crasso de achar, então, que a Primeira Guerra Mundial foi um conflito entre países, como comumente os livros reproduzem. Um país, ou melhor, um Estado Nacional é um instrumento hierárquico controlado por um pequeno grupo de pessoas. Por sua vez, muitos dos países que estiveram envolvidos com a Primeira Guerra Mundial guardavam uma característica, no caso, as pessoas que controlavam o instrumento Estado eram escolhidas por voto. Digamos que ao escolher e eleger uma pessoa, aquele que votou transfere a autonomia que tem para conduzir a sua própria vida, para outra pessoa. Esta outra pessoa, por sua vez, a eleita irá governar com o uso do instrumento chamado Estado, a vida daquele que o elegeu, criando para isto Leis.
Como dentro desta forma de Estado aquele que consegue se eleger no geral acumula muito capital, não por acaso encontraremos operando o instrumento de governo político da vida dos cidadãos, a elite econômica. Com isto conclui-se que a Primeira Guerra Mundial é resultado da expansão do capitalismo e da orientação dos Estados Nacionais em prol do seu regime industrial.
Como fazer um cidadão se iludir e achar que está lutando pelo seu país?
É indispensável a todo cenário de conflito, a consolidação das identidades nacionais. Esta, por sua vez, dá-se de tal forma que onde a sua identidade só existe em contradição a outra. Evidentemente dentro do discurso, os elementos que caracterizam a sua identidade são postos em condições superiores àquela a qual se opõe.
Enfim, consolidar as identidades nacionais necessárias para se mascararem os verdadeiros motivos de uma guerra, no caso, o interesse das elites econômicas nacionais das potências industrializadas do planeta é fundamental dentro de uma perspectiva futura de conflito.
Assim, como nenhum(a) operário(a) europeu largamente explorado(a) pelas longuíssimas jornadas, tal como, pelas péssimas condições de trabalho, na altura de toda a sua consciência lutaria pela indústria de sabonetes Pears, ou pelas lâminas de barbear da Gillete, o sistema educacional e os veículos de comunicação se encarregariam de doutriná-lo nos valores nacionais. De tal forma, faz-se mais conveniente a luta quando acredita-se que a mesma dá-se porque a nação encontra-se em risco, ao invés, de se anunciar o verdadeiro motivo, no caso, o fato de que abrir novas fronteiras para os negócios, condição que só interessava as burguesias industriais dos países europeus.
Trabalhadores iludidos, tornam-se então soldados e vão morrer e principalmente massacrar em série os povos de tantos outros continentes, causando sem dúvida um dos maiores genocídios programados de nossa história para o bel prazer das grandes corporações multinacionais e do seu lucro.
Como toda e qualquer violência praticada que não encontre uma justificativa é tida como um ato tirânico e desumano era preciso legitimar a barbárie. Manter a opinião pública favorável a guerra era também uma maneira de domesticar o contribuinte e não causar prejuízo ao poder exercido pelos grupos que controlavam um Estado, cujo poder de governar vidas é transferido por voto. A propaganda de guerra e a parcialidade sempre perceptível da mídia cumprem com louvor o seu papel. Por sua vez, o romantismo literário, musical e plástico corroboram ainda mais o essencial movimento nacionalista que precede uma guerra. Do mesmo modo e não menos importante, as teorias racistas do século XIX fundamentadas por uma pseudo-ciência de procedimentos grosseiros, mas orientada para corroborar um discurso nacional fundamentado nas oposições: superior-inferior, civilização-selvagem, avançado-primitivo, etc. daria a sua essencial contribuição para a construção de uma mentalidade belicista.
É dentro deste contexto, tal como, do desgaste das relações diplomáticas que ocorre a morte do príncipe herdeiro do trono do Império Austro Húngaro.Dentro da elitizada mentalidade dos poderosos tratava-se de um homem distinto e isto por si só encerra qualquer possibilidade de mediação da crise através do diálogo. Logo, quando não há diplomacia o recurso usado é o da violência e a morte de um homem fora o preciso pretexto que as grandes corporações multinacionais, senhoras do governo do Estado de vossos países, necessitavam para mover toda a máquina de guerra que consumira o tempo e a força de trabalho de muitos senhores, senhoras, homens, mulheres e crianças
Por fim, a corrida armamentista será uma situação inevitável para os Estados Nacionais, que controlados pela burguesia industrial, aspiram a vitória.
Que não cometamos o erro crasso de achar, então, que a Primeira Guerra Mundial foi um conflito entre países, como comumente os livros reproduzem. Um país, ou melhor, um Estado Nacional é um instrumento hierárquico controlado por um pequeno grupo de pessoas. Por sua vez, muitos dos países que estiveram envolvidos com a Primeira Guerra Mundial guardavam uma característica, no caso, as pessoas que controlavam o instrumento Estado eram escolhidas por voto. Digamos que ao escolher e eleger uma pessoa, aquele que votou transfere a autonomia que tem para conduzir a sua própria vida, para outra pessoa. Esta outra pessoa, por sua vez, a eleita irá governar com o uso do instrumento chamado Estado, a vida daquele que o elegeu, criando para isto Leis.
Como dentro desta forma de Estado aquele que consegue se eleger no geral acumula muito capital, não por acaso encontraremos operando o instrumento de governo político da vida dos cidadãos, a elite econômica. Com isto conclui-se que a Primeira Guerra Mundial é resultado da expansão do capitalismo e da orientação dos Estados Nacionais em prol do seu regime industrial.
Como fazer um cidadão se iludir e achar que está lutando pelo seu país?
É indispensável a todo cenário de conflito, a consolidação das identidades nacionais. Esta, por sua vez, dá-se de tal forma que onde a sua identidade só existe em contradição a outra. Evidentemente dentro do discurso, os elementos que caracterizam a sua identidade são postos em condições superiores àquela a qual se opõe.
Enfim, consolidar as identidades nacionais necessárias para se mascararem os verdadeiros motivos de uma guerra, no caso, o interesse das elites econômicas nacionais das potências industrializadas do planeta é fundamental dentro de uma perspectiva futura de conflito.
Assim, como nenhum(a) operário(a) europeu largamente explorado(a) pelas longuíssimas jornadas, tal como, pelas péssimas condições de trabalho, na altura de toda a sua consciência lutaria pela indústria de sabonetes Pears, ou pelas lâminas de barbear da Gillete, o sistema educacional e os veículos de comunicação se encarregariam de doutriná-lo nos valores nacionais. De tal forma, faz-se mais conveniente a luta quando acredita-se que a mesma dá-se porque a nação encontra-se em risco, ao invés, de se anunciar o verdadeiro motivo, no caso, o fato de que abrir novas fronteiras para os negócios, condição que só interessava as burguesias industriais dos países europeus.
Trabalhadores iludidos, tornam-se então soldados e vão morrer e principalmente massacrar em série os povos de tantos outros continentes, causando sem dúvida um dos maiores genocídios programados de nossa história para o bel prazer das grandes corporações multinacionais e do seu lucro.
Como toda e qualquer violência praticada que não encontre uma justificativa é tida como um ato tirânico e desumano era preciso legitimar a barbárie. Manter a opinião pública favorável a guerra era também uma maneira de domesticar o contribuinte e não causar prejuízo ao poder exercido pelos grupos que controlavam um Estado, cujo poder de governar vidas é transferido por voto. A propaganda de guerra e a parcialidade sempre perceptível da mídia cumprem com louvor o seu papel. Por sua vez, o romantismo literário, musical e plástico corroboram ainda mais o essencial movimento nacionalista que precede uma guerra. Do mesmo modo e não menos importante, as teorias racistas do século XIX fundamentadas por uma pseudo-ciência de procedimentos grosseiros, mas orientada para corroborar um discurso nacional fundamentado nas oposições: superior-inferior, civilização-selvagem, avançado-primitivo, etc. daria a sua essencial contribuição para a construção de uma mentalidade belicista.
É dentro deste contexto, tal como, do desgaste das relações diplomáticas que ocorre a morte do príncipe herdeiro do trono do Império Austro Húngaro.Dentro da elitizada mentalidade dos poderosos tratava-se de um homem distinto e isto por si só encerra qualquer possibilidade de mediação da crise através do diálogo. Logo, quando não há diplomacia o recurso usado é o da violência e a morte de um homem fora o preciso pretexto que as grandes corporações multinacionais, senhoras do governo do Estado de vossos países, necessitavam para mover toda a máquina de guerra que consumira o tempo e a força de trabalho de muitos senhores, senhoras, homens, mulheres e crianças
Por fim, a corrida armamentista será uma situação inevitável para os Estados Nacionais, que controlados pela burguesia industrial, aspiram a vitória.
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Fonte: Wikipedia. |
Metralhadora Lewis
Embora inventada pelo coronel americano Isaac Newton Lewis em 1911 o Exército estadunidense não foi o primeiro a usá-la. Antes a portaram belgas e, principalmente, os britânicos.
A sua importância reside em vários aspectos: 1) Portabilidade: pesando 12,7 kg, a Lewis possuia metade do peso da metralhadora padrão inglesa, a Vickers. 2) Operação: Outro ponto positivo é que a mesma podia ser operada sozinha, enquanto a Vickers colocava a necessidade de 6 à 8 homens para operá-la. 3) Custo de Produção: era 6 vezes mais barata que a Vickers. Não por acaso, a Lewis passou a esquipar também, tanques e aviões.
Ficha técnica
Peso: 12,7 kg
Comprimento: 96,5 cm
Calibre: .303 polegadas
Ação: operada a gás
Alimentação: tambores de 47 ou 97 cartuchos
Taxa de fogo: 550 tiros por minuto
Velocidade do projétil: 746 m/s
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Metralhadora Vickers
Após o uso maciço da metralhadora Lewis a Vickers não deixou de ser usada. Ao contrário, ganhou o status na Primeira Guerra Mundial de arma pesada. Tal denominação é fácil de se compreender, dado que, para ser operada a Vickers necessitava de um guarnição de seis a oito militares: um apontador, um municiador e os restantes para auxiliarem no transporte da arma, das munições e das peças sobresselentes.
A arma utilizava munição de 7.7mm, Mk.VII, (740 m/s) especialmente desenhada para produzir maior efeito no alvo aquando do impacto, o que permitia aumentar a sua eficiência contra a infantaria inimiga. A arma era alimentada por fita de tecido, com 250 munições.
Ficha Técnica
Criação: 1912
Peso: 19,2 kg (só a arma)
41,2 kg (conjunto da arma, com a manga cheia de água, e tripé)
Comprimento: 1100 mm
Comprimento do cano: 720 mm
Calibre: .303 pol / .50 pol
Ação: recuo com impulso a gás
Cadência de tiro: 500 tpm
Alcance efetivo: 700 m
Sistema de suprimento: cinta de 250 munições
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Granada de mão “nº 5”
Foi projetada por William Mills em 1915 e adotada pelo Exército britânico. Como é sabido de todos uma granada funciona facilmente quando se puxa a trava e se solta o pino. Internamente será produzida uma reação química que irá produzir a explosão, tal como lançar os estilhaços. Antes da explosão da granada, evidentemente, ela deve ser lançada.
O interessante da Granada de mão nº 5 é que ela também podia ser lançada de um rifle. Para tanto, bastava acoplar uma espécie de "copo" à boca da arma e o uso do cartucho vazio para a impulsão.
Mesmo com um longo delay, no caso, de 7 segundos da liberação do gatilho, a Granada nº 5 era de fásil uso e extremamente eficiente, tanto que fora usada pelo exército britânico até 1972.
Ficha técnica
Carga explosiva: baratol
Peso: 0,45 kg
Detonador: tempo
Delay: 7 segundos (esse tempo foi posteriormente reduzido para 4 segundos)
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Bombardeiro Gotha G
Os aviões não foram usados largamente ainda na Primeira Guerra Mundial, mas marcaram presença em algumas batalhas.
O Gotha G era um bombardeiro pesado, muito lento e vulnerável, principalmente, em ataques no seu ventre. No entanto, as suas investidas, sobre as tropas britânicas e até sobre Londres, causaram verdadeiro pânico entre os ingleses.
Ficha técnica
Tripulação: 3
Comprimento: 12,4 m
Envergadura: 23,7 m
Altura: 4,5 m
Peso (sem carga): 2,7 ton
Peso (carga máxima): 3,9 ton
Motor: 2x Mercedes D IV, de 260 hp cada
Velocidade máxima: 140 km/h
Autonomia: 840 km
Teto: 6 500 m
Armamento: 2 a 3x 7.92 metralhadoras Parabellum LMG 14
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Morteiro Minenwerfer 7.58 cm
Light Mortar alemão para uso da infantaria que entrou em serviço em 1916, junto com seus irmãos “maiores” (calibres de 17 e 25 cm). As rodas eram utilizadas apenas para transporte e eram retiradas durante o uso.
Os morteiros eram uma arma de guerra indispensável na guerra de trincheiras, justamente porque o projétil lançado pela arma cumpre uma parábola até acertar o seu alvo. Isto tornava-os, por exemplo, muito mais eficientes do que os canhões na destruição de posições defensivas.
Seu uso foi consagrado pelos alemães, que tiraram importantes lições da guerra nipo-russa em Port Arthur (1904), pois os perceberam que canhões não faziam grandes estragos em fortificações.
Ficha técnica
Peso do projétil: 4,6 kg
Calibre: 76 mm
Elevação: +45º a +78º
Taxa de fogo: 6 projéteis por minuto
Alcance efetivo: 300 a 1 300 metros
Velocidade: 90 metros por segundo
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Luger
Foi projetada pelo engenheiro austríaco Georg Luger no final do século XIX. Era uma pistola semi-automática, utilizada por oficiais alemães durante a Primeira Guerra.
A fácil portabilidade e a sua precisão, fruto do alto padrão de acabamento, estimulou a sua produção massificada.
Ficha técnica
Peso: 0,87 kg
Comprimento: 22 cm
Calibre: 7,65 mm ou 9 mm
Alimentação: tambor com 8 cartuchos
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Tank Mark I
O MARK I foi desenvolvido pelos britânicos. Não foi o primeiro carro blindado a ser criado, mas foi o primeiro a entrar em combate. A batalha de Somme em 15 de Setembro de 1916 foi o palco de sua ação.
Em resumo, um carro blindado abriu uma possibilidade que até, então, inexistiu no contexto da Primeira Guerra Mundial, no caso, o avanço na linha de defesa inimiga e isto por um motivo especial, no caso, as trincheiras.
Com a criação de um carro blindado, como o Mark I, equipado
Ficha Técnica
Peso: 28 000 kg.
Comprimento: 9,94 m.
Largura: 4,33 m.
Altura: 2,44 m.
Equipe: 8 operadores.
Blindagem do veículo: 6 à 12 mm
Armamento: primário - Lado esquerdo com dois canhões QF de seis tiros,
lado direito com quatro metralhadora Vickers .303 mm.
Armamento secundário: Lado esquerdo com quatro metralhadoras .303 mm rotatórias,
lado direito com duas metralhadoras .303 mm rotatórias.
Motor: Um motor a gasolina Foster-Daimler 105hp
Alcance: Operacional - 6.2 horas de busca
Velocidade: 6.4Km/h
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