Breve Resumo do Projeto da Feira Cultural do ano de 2011

Abaixo segue um breve resumo do projeto "Raízes" que encaminhei junto ao 7º ano do ensino Fundamental no Colégio Paulista, em 2011.

No segundo semestre de 2011 trabalhei como coordenador do projeto para a Feira Cultural do Colégio Paulista junto aos alunos e alunas do 7º ano do ensino fundamental.

O tema proposto e acatado como objeto de reflexão foram os primeiros ramos que contribuíram para a formação da nossa cultura.

Tal objeto nos levou ao encontro das culturas indígenas, africana e portuguesa e a atribuição das responsabilidades deu-se em acordo com tais ramos.

Atenção leitor, pois neste momento cabe fazer uma pausa na minha linha discursiva para pontuar resumidamente as minhas opções como coordenador, junto a faixa etária com a qual trabalhei.

Evidentemente, buscando um melhor aproveitamento na situação de ensino e aprendizagem, coordenei o tema de tal forma que os ramos de pesquisa foram encaminhados de forma generalizada. Se tal atitude por um lado causa um prejuízo sobre a diversidade que engloba as palavras indígena e africana, por outro, ela me permite cumprir de forma mais eficiente uma etapa do ensino visando um aprofundamento do tema posteriormente.

Retomando novamente o meu eixo narrativo, trabalhando, portanto, com os eixos culturais formadores de forma generalizada, o desafio proposto aos mesmos pela minha coordenação buscou significar hábitos e costumes que reproduzimos cotidianamente.

Cada eixo fora reorganizado buscando produzir nos alunos e alunas uma reflexão sobre produtos culturais e costumes contemporâneos. Organizei, portanto, a reflexão dos educandos tendo como base o tempo presente e de tal forma nos encaminhamos para o passado.

De tal forma, intentou-se chegar a cultura africana tendo como ponto de partida a música popular brasileira, tão marcantemente influenciada pela percussão que transitou da religião praticada nos terreiros para a popularização nas rádios e outros veículos. Foram objeto de estudo deste ramo gêneros como o samba, o axé e o funk carioca e artistas como Jackson do Pandeiro, Adoniran Barbosa e Olodum.

Por sua vez, buscamos o ponto de contato da cultura indígena com a brasileira, com esta nossa língua considerada tão portuguesa. Com excelentes discussões levantou-se a inevitável questão: A nossa língua pode ser mesmo considerada portuguesa? A surpresa do grupo de educandos com a quantidade de termos que significam a nossa língua e só pode ser encontrada em nosso país foi uma deliciosa experiência testemunhada por mim.

Por fim, à cultura portuguesa, chegamos tendo como ponto de partida a iguaria mais apreciada pelos educandos, no caso, os doces. O pé de moleque, a rapadura e a goiabada entram em cena. Se a sua matéria prima é o açúcar, produzido nos engenhos e trazido para cultivo na colônia chamada Brasil, não custou lembrar aos educandos e aos visitantes que o amendoim e a goiaba são gêneros originários das Américas.


Como foi organizada as responsabilidades das alunas e alunos junto ao projeto?

As atribuições dos alunos foram organizadas da seguinte forma:

1) Pesquisa: foram encaminhadas pesquisas específicas e divididas em etapas para o grupo, que ainda tinham a responsabilidade de discutirem os resultados do seu trabalho comigo em reunião agendada. Sempre após uma discussão com o grupo eles eram orientados a cumprirem novas etapas de pesquisas e discussões até que a reflexão dos mesmos se tornasse satisfatória.

2) Reunião para discussão sobre a produção dos conteúdos materiais que comporiam o espaço expositivo do grupo na Feira. Nesta etapa fizemos junto aos grupos um levantamento dos materiais que seriam gastos. Neste sentido, houve um gasto interno ao grupo e um gasto repassado a todos os alunos e alunas do 7º ano.

3) Reunião com cada grupo para entrega dos esboços dos conteúdos materiais e se necessário ajuste dos mesmos.

4) Produção dos conteúdos materiais que basicamente foram: a) cartazes informativos; b) jogo confeccionado pelo grupo de língua parecido com o jogo Lince, mas com palavras e imagens indígenas; c) instrumentos de percussão: reque-reque (feito com bambu limado), tambores (feitos de pvc, couro, barbante, mangueira de jardim e pintados com spray) e chocalhos (feitos com latas de alumínio, pintados com tinta spray e preenchidos com feijão); d) gravação de um cd com as músicas trabalhadas junto ao grupo encarregado de trabalhar com o eixo cultural africano; e) maquete de um engenho (feito com papel cartão, tinta guache, arame, papel color-set de diferentes tons de verde, terra); f) produção de cenários e personagens para a gravação do vídeo.

5) Gravação de um vídeo que narrasse a opção da coroa portuguesa por criar núcleos coloniais portugueses no "Brasil".

6) Apresentação informal e avaliada por mim das informações verbais que os grupos passariam aos visitantes do espaço expositivo.


A avalição dos alunos e alunas

A avaliação dos alunos e alunas deu-se tendo em consideração: 1) a assiduidade dos mesmos junto ao seu tema de pesquisa; 2) a responsabilidade e a pontualidade na entrega dos relatórios, esboços e conteúdos materiais da feira; 3) a seriedade na confecção dos trabalhos atribuídos e entregues; 4) a participação nas etapas de produção; 5) o trabalho individual e coletivo; 6) a apresentação verbal do tema que pesquisaram.


Algumas fotos do Projeto Raízes
As terceira e quarta fotos correspondem a penosa gravação do vídeo para a Feira Cultural. Dá para sentir pelo próprio Léo como foi dura a experiência. As demais condizem ao espaço expositivo que montamos para a feira. Buscamos na obra Como se deve escrever a história do Brasil (escrita no século XIX pelo alemão Carl Friedrich Philipp von Martius para um concurso realizado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Brasil) a inspiração para construirmos um espaço expositivo que representasse a confluência de 3 rios em 1. Evidentemente, não reproduzi integralmente a idéia do naturalista alemão, até porque há na mesma muitos conceitos superados.








O vídeo abaixo foi produzido para a feira cultural. Infelizmente o aúdio não ficou satisfatório, porque o filme foi gravado em baixa resolução. Basicamente ele está estruturado da seguinte maneira: 1) Aula sobre o assunto; 2) Pedro Álvares Cabral e outros marujos no navio; 3) A chegada dos portugueses no "Brasil" (a mesma é demarcada no vídeo como um acidente); 4) O retorno a situação de aula; 5) "El rei" de Portugal vendo as Índias sendo disputadas por outros países e o interesse pelo Brasil.

Comentários

Babi disse…
Meu deuus, quanto tempo! Saudades disso auahsuahs Lembro até hoje desse video, e do dia que passamos fazendo.