PT 2 - Roma Antiga

Antes de qualquer consideração à respeito meus caríssimos alunos e alunas do 1º Médio cabem estas considerações, que foram feitas também para o 9º ano!
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O que significa “ter o poder” dentro de uma sociedade é possuir o poder de fazer a política. Ou melhor, ter o poder político significa ter o poder de decidir. Mas decidir sobre quem? Não há poder se não há sobre quem exercer poder. Logo, ter poder significa tornar o outro de alguma maneira dependente. Juntando agora tudo o que eu disse: Ter poder é ter o poder de fazer a política e quem faz a política governa a vida do outro. Logo, quem governa a vida do outro, tem poder.
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A luta dos plebeus contra os patrícios
Os principais cargos decisórios estavam nas mãos dos patrícios o que caracteriza o Estado e sua prática política como oligárquica.
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Sem representação política, os plebeus não eram assistidos por nenhuma decisão. Isto posto, associada a uma condição de vida extremamente paupérrima, muito por conta de: 1)) dívidas contraídas em razão da participação em guerras; 2)) e/ou pela perda de terras para os patrícios, fossem essas negociadas por conta de dívidas, ou pelo anseio de acumular propriedades por parte dos mesmos; 3)) sem contar que vale o registro do constante temor em passar a condição de homem livre para escravo em causa das dívidas; 4)) os critérios para distribuição das ager publicus (terras conquistadas em guerras) que só contemplavam os patrícios – viria a produzir ao longo dos séculos um sentimento de revolta e identidade entre os plebeus necessários, sobretudo, para que, os mesmos organizados viessem a exigir politicamente uma solução para a sua demanda.
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Assim, com uma plebe cada vez mais numerosa e “patrícios” cada vez mais temerosos em perderem o poder, há uma conveniente negociação para aqueles que estão no poder e dele não querem ser depostos. Conseqüentemente, a plebe é assistida em diversas demandas. Vejamos algumas delas:
I- (471 a.C.) Criação da Assembléia da plebe: constituída somente com plebeus. [deriva daí a palavra plebiscito];
II- (450 a.C.) Lei das Doze Tábuas: elaboração do primeiro código de leis escritas com direitos e deveres dos cidadãos da República Romana;
III- (445 a.C.) Lei da Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios;
IV- (367-366 a.C.) Eleição de magistrados plebeus;
V- (336 a.C.) proibia a escravidão por dívida;
VI- (326 a.C.) a escravidão dos romanos foi abolida.
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Todas essas mudanças beneficiaram principalmente os plebeus mais ricos, dado que, a massa continuara completamente desassistida pelas decisões políticas.
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A expansão territorial
Comentário do grego Políbio (c210-125 a.C.) sobre a expansão romana:
“Os romanos, tendo submetido os Tirrenos e os Samnitas e batido os Celtas em numerosos encontros, empreenderam... atacar o resto da península, lutando, não como se tratasse de terra estrangeira, mas de um solo... que já lhes pertencia. Por fim... conseguiram, contra o que era de esperar, o domínio de todos estes povos, e sujeitaram, à exceção dos Celtas (do vale do Pó, norte da península), a totalidade dos habitantes da Itália.”
Políbio. Histórias. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. 2 ed. Lisboa: Plátano Editorial, 1977. v.1.p.86
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O assédio de outros povos nas zonas fronteiriças à Roma fez com que desde sua origem fosse dada prioridade a defesa de seu território, fato aliás que o próprio mito da origem de Roma faz alusão. Cabe destacar também que a possibilidade de convulsões sociais, por conta da situação a qual eram submetidas as grandes massas romanas, e conseqüentemente da perda do poder político, fez com que as autoridades romanas despendessem grande atenção a organização de um aparelho militar, que refletia inclusive na educação dos jovens.
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O manuseio de armas, o aprendizado de estratégias de guerra, noções de disciplina e hierarquia, além da prática de exercícios físicos formavam a essência da educação romana nos primeiros tempos da República.
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Se a princípio a intenção eram manter intacto o poder político local, fosse da insurreição da plebe, fosse de inimigos externos o fato é que com o passar do tempo as autoridades voltaram se para a conquista de terras, escravos e riquezas.
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Já no século III a.C. com as conquistas sobre os gauleses (que ocupavam o norte da península) e os gregos (que ocupavam o sul) Roma deixa a sua condição de cidade-Estado para ser definitivamente um Estado imperialista. O seu primeiro grande choque fora contra uma cidade fenícia do norte da África, no caso, Cartago (Cidade Nova). As Guerras Púnicas (púnicos ou poeni é = fenícios em latim), na realidade foram 3 grandes embates dentro de 100 anos, inicialmente para controlar um grande ilha produtora de trigo perto da península itálica, no caso, a Sicília, até então sob domínio cartaginês que por sua posição estratégia e fôlego, garantia a este povo a hegemonia comercial no mediterrâneo.
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O final do conflito fora favorável aos romanos que em 146 a.C. saíram vitoriosos. A partir disso, dos séculos III à I a.C. sucederam-se uma série de conquistas. Roma abandona a sua condição de cidade-Estado e transformar-se sem freios em um Estado imperialista. Sardenha, Córsega, Península Ibérica, Norte da África, Macedônia, Grécia, Síria, Egito, entre outros. Logo, com o domínio absoluto sobre o mediterrâneo os romanos referiam-se a ele como Maré Nostrum.
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