Rômulo e Remo: O mito fundador de Roma.
O poeta romano Virgílio e o historiador Tito Lívio encarregaram-se de imortalizar a lenda que narra a fundação de Roma.
Segundo essa lenda, Roma foi fundada por Rômulo, cuja origem remonta a Guerra de Tróia. Há no mito, sobre a fundação de Roma, muitas coisas importantes para pensarmos.
Mas antes de falarmos sobre ela... o que é isto que chamamos de Roma?
Bem, hoje, quando pensamos em Roma, imediatamente surgem em nossa memória as mais diversas coisas. Lembramos das lutas de gladiadores e de um filme que assistimos a respeito. Do jogo de estratégia para computador de nome Age of Empire, do Coliseu e do Imperador Nero, que ficou famoso por ter incendiado, segundo o que dizem, Roma. Lembramos também de Júlio César e seu assassino Brutus, entre outras importantes ou curiosas coisas.
Exercícios
O bom observador notará que na passagem, que conta o mito da fundação da então cidade-estado de nome Roma, há nomes próprios destacados.
Responda, então:
1) Quais nomes são estes?
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2) Qual a relação entre os mesmos? Escreva com as suas próprias palavras.
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3) Quais elementos presentes nisto que nós atualmente chamamos de mito da criação da cidade de Roma, podem significar aspectos importantes da cultura romana? Em outras palavras, qual a personagem que representa a ligação da cultura romana com a dos gregos da antiguidade? Ainda, como podemos explicar, a partir do mito, o fato de serem os romanos um povo voltado para a guerra?
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Conclusão
Como vimos, acima, os romanos possuem um mito que conta a sua origem. Todos os povos possuem os seus mitos.
Todo mito é como se fosse um marco zero. Você conhece algum?
Bem, se você já foi ao nosso centro da cidade encontrará lá, em frente, a Catedral da Sé, o nosso marco zero.
Um marco zero este nome porque é a partir dele que as dimensões do nosso município são contadas.
Para entender melhor faça o mesmo com a sua Casa!
Escolha um marco dentro da sua casa. No geral, um marco é sempre algo representativo e importante para alguém ou um grupo. Eu, por exemplo, escolheria ou a geladeira ou o sofá.
Enfim, a partir do marco que você escolher tire as medidas da sua Casa.
Com a cidade de São Paulo acontece a mesma coisa, só que é claro, ela é bem maior que o seu quarto. Com o nosso marco em frente à Catedral da Sé, não é por acaso, que chamamos aquela região de centro.
Afinal, se eu digo que você está no centro, significa que todos voltam a atenção para você. Deste modo, quem criou o marco zero na Sé, o fez, para que, a sua população voltasse a sua atenção para aquela região. Adianto para vocês, mas não digo mais nada, senão deixo de falar dos romanos, mas no centro da cidade de São Paulo você poderá encontrar o mito que foi criado por alguns homens do passado e que contam a fundação da nossa cidade.
Como você o acharia? Muito simples e podemos começar assim: buscando nas esculturas, edifícios e pinturas aquilo que se repete.
E aí, você topa este desafio? Se topar me faça a surpresa e me entregue em forma de trabalho que eu lhe dou a nota merecida!
Agora é a vez daquela ótima pergunta: Porque estudamos os romanos?
Se o objetivo do nosso grande desafio é descobrir tudo aquilo que contribuiu para formar aquela linda foto do início da apostila, teremos inevitavelmente de falar sobre os romanos.
Vamos, então, fazer uma arqueologia da nossa língua tentando achar vestígios dos romanos.
“Nossa, realmente deve ter tudo a ver, um romano e um brasileiro!”, diria você. Vamos ver algumas palavras que podemos pegar de nossa língua, do italiano e do espanhol.
“Olá, como está você?”
“Ciao come stai?”
“Hola, como estas?”
Muito fácil entender todas elas não. E certamente você ficou espantado ao notar como há mais em comum entre elas do que diferenças.
Isto não acontece por acaso. Dá-se por algo que aconteceu há milhares de anos atrás, quando Roma e seu imenso exército, começou a fazer diversas conquistas territoriais na região do Mar Mediterrâneo.
Para entendermos esta expansão teremos de entender uma importante guerra dentro da História Antiga, no caso, as Guerras Púnicas.
A importância das Guerras Púnicas e a expansão do latim
em parte do continente europeu: o marco histórico.
Bom, como nós já aprendemos: uma guerra é como uma briga. Só que uma briga bem grande. Como ninguém briga sozinho (você sempre verá no mínimo duas pessoas brigando), com os romanos da antiguidade não foi diferente. Mas como surge uma briga ou uma guerra?
Se você se lembra bem, uma briga ou uma guerra surge sempre quando as duas partes que estão em desacordo não conseguem resolver os seus problemas dialogando. Deste modo, a briga ou a guerra é sempre a maneira mais violenta de se resolver um problema.
Do mesmo modo, há mais de 2100 anos atrás, uma guerra mudaria a história de Roma. Este conflito chamado de Guerras Púnicas seria um novo marco na história de Roma, pois a partir dela os romanos só conquistariam mais e mais terras, mais e mais povos. Coisa fácil de se compreender em um povo que se considera descendente do deus da guerra Marte (Ares).
Os púnicos (poeni) eram a forma que os romanos chamavam os fenícios na Antiguidade. Os fenícios eram um povo conhecido pela sua grande habilidade como navegantes e comerciantes. Habitavam diversas regiões litorâneas banhadas pelo mar Mediterrâneo.
Dentre estas regiões, podemos apontar uma importante cidade-estado conhecida como Cartago, que há 2100 anos atrás, era uma cidade muitíssimo rica. Tão rica que não é, por acaso, que em diferentes momentos históricos, gregos, egípcios e romanos tentaram conquistá-la.
Roma, que na época estava se tornando também uma forte cidade-estado, via com preocupação o crescente poder de Cartago. Seria como se o Palmeiras fizesse uma grande contratação, o que tornaria o seu elenco muito forte, e o Santos visse ameaçada a conquista dos seus títulos.
A razão do conflito entre ambas as cidades-estado, deu-se porque tanto o governo de Roma, como o governo de Cartago estavam interessados em controlar uma mesma ilha, no caso, a Sicília, mais ou menos, como duas crianças disputando um mesmo brinquedo.
Como nem o governo de Roma e tampouco o governo de Cartago estavam interessados em dialogar e, ainda para piorar a situação, ambas as cidades-estado eram rivais, ocorreriam as Guerras Púnicas.
Roma sairia vitoriosa das 3 grandes guerras que ocorreriam dentro de aproximadamente 100 anos.
Mas até onde se vence uma guerra? Quantas são as mães que perdem os seus filhos e pessoas que perdem a sua vida? Quais são as pessoas que se beneficiam com a guerra e após ela?
Por exemplo, na batalha de Canas (236 a.C.) o cartaginês Aníbal comandando 100 mil homens, aniquilaria 60 mil romanos, com uma parte de sua tropa montando elefantes.
Por sua vez, o exército romano na última e derradeira batalha aniquila os cartagineses, escraviza os sobreviventes e deixa em ruínas a cidade habitada por milhares de pessoas.
Bom, encerro este bloco de estudo sobre Roma Antiga da seguinte forma, deixando com vocês a importante tarefa de encontrarem uma resposta para as questões colocadas logo acima. Vamos agora falar de um pouco mais da história dos romanos.
TAREFA: Responda e entregue o trabalho para o professor.
1) Até onde podemos considerar que um povo sai vitorioso em uma guerra?
2) Quantas são as mães que perdem os seus filhos e pessoas que perdem a sua vida?
3) Quais são as pessoas que se beneficiam com a guerra e após ela?
Mais vestígios dos antigos romanos que encontramos em nossa cultura: República (uma das variadas formas do Estado).
Bom, se as Guerras Púnicas foram um importante marco dentro da história de Roma na Antiguidade, porque após a vitória sobre os grandes rivais os romanos estenderam os seus domínios para além do imaginável, levando os seus costumes e tradições, tal como, o latim que falavam para o contato com os povos e culturas das mais variadas.
Observe as notas de R$ 50 e R$ 100 reais.
Desafio: Em ambas você encontra o nome oficial do Brasil! Qual seria este nome?
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Bem, com o nome Brasil você está muito mais que acostumado. Nosso nome veio de uma árvore que os portugueses conheciam da Ásia, da qual era possível extrair uma tintura com a cor de brasa após a raspagem do seu tronco e da imersão em água quente. Agora com República Federativa, eu tenho certeza que não estão acostumados!
Conseguimos entender o sentido de alguma palavra, mesmo, às vezes, não sabendo exatamente o significado dela, pensando em algumas coisas as quais estamos acostumados a ouvir de pessoas, na televisão, escola, entre outros.
Por exemplo, a palavra Federativa. Todos já ouviram falar de Federação Paulista de Futebol; e o que é a Federação Paulista de Futebol? Basicamente é a associação de todos os clubes paulistas.
Mas no caso do Brasil quem estaria associado? Esta é fácil hein! Obviamente, todos os estados brasileiros e o distrito federal: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amapá, Sergipe, etc...
Bem, agora sabemos o significado das palavras Brasil e Federativa, mas qual seria o significado da palavra: República?
Uma das palavras que dá nome ao nosso país vem do latim, no caso, res publica = coisa do povo. Mas para ser sincero ela significa muito mais do que isto.
Você se lembra de quando estudamos o significado da palavra Estado? Pois, então, na época discutimos diversas coisas e chegamos à conclusão de que o Estado era um tipo de instrumento.
Um copo é um instrumento, que, no caso, serve principalmente para se beber algo. O Estado também é um instrumento, que, no caso, serve para governar.
Do mesmo modo como o copo é um instrumento que serve para ser usado por uma pessoa, o Estado também serve para ser usado ou por uma pessoa, ou por um grupo de pessoas.
DESAFIO: Vamos pensar então. Se um copo possui formas variadas poderíamos dizer que o Estado também possui formas variadas? O que você acha? Justifique muito bem a sua resposta.
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Note que todos os copos acima possuem formas variadas. Embora com formas tão diferentes, partilham alguma coisas em comum. Por exemplo, são todos instrumentos e, como tais, possuem um objetivo principal.
O objetivo principal dos copos é, portanto, servirem e realizarem a vontade de uma pessoa. Eles retêm líquidos e desta forma facilitam a ação de beber.
Tal como os copos, um Estado possui formas variadas. Ele pode ter a forma de uma monarquia, república, regime parlamentar, etc, etc, etc.
PARA CONCLUIR, voltando ao nome completo do nosso país! “- Quer dizer então que a palavra REPÚBLICA (de República Federativa do Brasil) diz respeito à FORMA do instrumento de governo da vida das pessoas que o nosso país tem?”
Sem dúvida.
Na nossa atual República brasileira as pessoas que utilizam o instrumento Estado são eleitas pelo povo brasileiro. E esta é a principal característica da forma do nosso Estado.
Note que em uma monarquia, por exemplo, as pessoas não elegem aqueles que controlam o instrumento Estado para lhes governar, pois o poder de usar este instrumento em uma monarquia é transmitido de pai para filho.
Roma em sua antiguidade deixou-nos este legado que foi depois reformulado muitos e muitos séculos à frente (em 1789) pelos franceses, no caso, o de possuir uma forma de Estado onde aqueles que governavam a vida do povo romano eram eleitos pelo próprio povo romano.
Bem, como não eram todos os cargos de governo do Estado Romano em sua antiguidade, que resultavam do voto, veremos com maiores detalhes as características mais marcantes desta forma de se decidir.
Busto do poeta Virgílio (70 a.C. à 19 a.C.) na entrada de sua tumba, em Napoles.
O poeta romano Virgílio e o historiador Tito Lívio encarregaram-se de imortalizar a lenda que narra a fundação de Roma.
Segundo essa lenda, Roma foi fundada por Rômulo, cuja origem remonta a Guerra de Tróia. Há no mito, sobre a fundação de Roma, muitas coisas importantes para pensarmos.
Mas antes de falarmos sobre ela... o que é isto que chamamos de Roma?
Bem, hoje, quando pensamos em Roma, imediatamente surgem em nossa memória as mais diversas coisas. Lembramos das lutas de gladiadores e de um filme que assistimos a respeito. Do jogo de estratégia para computador de nome Age of Empire, do Coliseu e do Imperador Nero, que ficou famoso por ter incendiado, segundo o que dizem, Roma. Lembramos também de Júlio César e seu assassino Brutus, entre outras importantes ou curiosas coisas.
Reconstituição de uma luta entre gladiadores.
Fonte: http://www.ced.ufsc.br/emt/trabalhos/atividadefisicaetecnologia/home/operiodoclassico.htm
Fonte: http://www.ced.ufsc.br/emt/trabalhos/atividadefisicaetecnologia/home/operiodoclassico.htm
Só nos esquecemos, que quando contamos a história de Roma Antiga (pricipalmente a sua parte Ocidental) que abrange os séculos VIII a.C. até aproximadamente o século V d.C, não estamos necessariamente falando da Itália.
A Itália, que hoje é um país, peninsular e banhado pelo mar Mediterrâneo, só surgiu no século XIX. É um país, portanto, tão jovem quanto o Brasil.
Por sua vez, Roma (como você pode observar no Mapa), inicialmente não era mais do que uma pequena cidade-estado, que vai fazer valer o seu poderio militar e político por vários séculos na região Mediterrânea.
O mapa abaixo é um exemplo sobre o minúsculo tamanho de Roma na época de sua origem. Observe:
A Itália, que hoje é um país, peninsular e banhado pelo mar Mediterrâneo, só surgiu no século XIX. É um país, portanto, tão jovem quanto o Brasil.
Por sua vez, Roma (como você pode observar no Mapa), inicialmente não era mais do que uma pequena cidade-estado, que vai fazer valer o seu poderio militar e político por vários séculos na região Mediterrânea.
O mapa abaixo é um exemplo sobre o minúsculo tamanho de Roma na época de sua origem. Observe:
Bem, podemos dizer muitas coisas sobre o mapa! Já observaram as suas cores? Ou melhor, o que elas representam? Está lançado o desafio, depois eu quero a resposta em sala, nobres investigadores e investigadoras do passado.
Vamos agora nos ater ao mito que conta a fundação daquilo que se tornaria séculos depois um Império, no caso, Roma.
Ali Enéias se casaria com Lavínia, filha do chefe de uma tribo dos latinos. Após o casamento o mesmo fundaria uma cidade, a partir da qual os seus descendentes fundaram Alba Longa.
Esta foi governada por Numitor até o momento em que o seu irmão, Amúlio, se dispôs e teve sucesso em roubar o trono do irmão mais velho.
Amúlio faria coisa ainda pior, como matar todos os descentes homens de Numitor. Queria o ambicioso rei impedir que um filho ressentido da perda do pai Numitor, viesse a recuperar futuramente o trono, que ele Amúlio roubara.
Dentre todos os filhos de Numitor que foram mortos, Amúlio preservou somente a sobrinha, chamada Réia Silvia, mas tomou o cuidado de garantir que ela não viesse a ter filhos, transformando-a em vestal (sacerdotisa da deusa Vesta).
No entanto, seduzida por Marte (o deus da Guerra), Réia Silvia daria luz à dois gêmeos, os irmãos Rômulo e Remo.
Amúlio temendo que os gêmeos heróis, filhos de um deus, pudessem tomar seu lugar, não teve a coragem de matá-los, pois temia a ira do deus Marte. Ainda sim deixou a fortuna decidir sobre o destino das crianças e mandou atirá-los no rio Tibre.
Rômulo e Remo se salvaram por um milagre e foram amamentados, em longa data, por uma loba que vivia à margem do rio.
Anos mais tarde foram encontrados e criados por um casal de pastores. Faustolo e a esposa, não mediram esforço e foram os responsáveis pela guarda e educação das crianças.
Quando adultos, Rômulo e Remo, cientes de sua história, reconquistaram o trono de Alba Longa para o seu avô, Numitor, que em contrapartida permitiu aos mesmos a fundação de uma cidade por volta de 753 a.C..
Na guerra entre os irmãos pela fundação e governo dessa cidade, Rômulo saiu-se vencedor e matou Remo. Nascia assim Roma, de origem divina e sob o signo da guerra.
Autoria e adaptação: Professor Alek Sander de Carvalho
Vamos agora nos ater ao mito que conta a fundação daquilo que se tornaria séculos depois um Império, no caso, Roma.
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Loba Capitolina amamentando os irmãos Rômulo e Remo.
O mito fundador de Roma
O texto abaixo é um resumo adaptado para a leitura de alunas e alunos.
A história que funda a história dos romanos da antiguidade começa com Enéias, filho da deusa Afrodite (Vênus) e um dos príncipes da cidade de Tróia.
Para àquele ou aquela que têm boa memória, não será difícil lembrar que Enéias foi um importante herói troiano, que após a guerra contra os gregos, acabou se obrigando a fugir, para preservar a sua vida.
Deste modo, Enéias, aquele que comandou os dardâneos na guerra de Tróia, buscou reerguer a sua vida longe dos gregos e junto de seus companheiros, se instalou na foz do rio Tibre, na Itália.
O texto abaixo é um resumo adaptado para a leitura de alunas e alunos.
A história que funda a história dos romanos da antiguidade começa com Enéias, filho da deusa Afrodite (Vênus) e um dos príncipes da cidade de Tróia.
Para àquele ou aquela que têm boa memória, não será difícil lembrar que Enéias foi um importante herói troiano, que após a guerra contra os gregos, acabou se obrigando a fugir, para preservar a sua vida.
Deste modo, Enéias, aquele que comandou os dardâneos na guerra de Tróia, buscou reerguer a sua vida longe dos gregos e junto de seus companheiros, se instalou na foz do rio Tibre, na Itália.
Rio Tibre, localizado na península Itálica.
Fonte: http://fr.academic.ru/dic.nsf/frwiki/1635582
Fonte: http://fr.academic.ru/dic.nsf/frwiki/1635582
Ali Enéias se casaria com Lavínia, filha do chefe de uma tribo dos latinos. Após o casamento o mesmo fundaria uma cidade, a partir da qual os seus descendentes fundaram Alba Longa.
Esta foi governada por Numitor até o momento em que o seu irmão, Amúlio, se dispôs e teve sucesso em roubar o trono do irmão mais velho.
Amúlio faria coisa ainda pior, como matar todos os descentes homens de Numitor. Queria o ambicioso rei impedir que um filho ressentido da perda do pai Numitor, viesse a recuperar futuramente o trono, que ele Amúlio roubara.
Dentre todos os filhos de Numitor que foram mortos, Amúlio preservou somente a sobrinha, chamada Réia Silvia, mas tomou o cuidado de garantir que ela não viesse a ter filhos, transformando-a em vestal (sacerdotisa da deusa Vesta).
No entanto, seduzida por Marte (o deus da Guerra), Réia Silvia daria luz à dois gêmeos, os irmãos Rômulo e Remo.
Amúlio temendo que os gêmeos heróis, filhos de um deus, pudessem tomar seu lugar, não teve a coragem de matá-los, pois temia a ira do deus Marte. Ainda sim deixou a fortuna decidir sobre o destino das crianças e mandou atirá-los no rio Tibre.
Rômulo e Remo se salvaram por um milagre e foram amamentados, em longa data, por uma loba que vivia à margem do rio.
Anos mais tarde foram encontrados e criados por um casal de pastores. Faustolo e a esposa, não mediram esforço e foram os responsáveis pela guarda e educação das crianças.
Quando adultos, Rômulo e Remo, cientes de sua história, reconquistaram o trono de Alba Longa para o seu avô, Numitor, que em contrapartida permitiu aos mesmos a fundação de uma cidade por volta de 753 a.C..
Na guerra entre os irmãos pela fundação e governo dessa cidade, Rômulo saiu-se vencedor e matou Remo. Nascia assim Roma, de origem divina e sob o signo da guerra.
Autoria e adaptação: Professor Alek Sander de Carvalho
Texto reelaborado a partir de original postado em 11/10/2010.
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Exercícios
O bom observador notará que na passagem, que conta o mito da fundação da então cidade-estado de nome Roma, há nomes próprios destacados.
Responda, então:
1) Quais nomes são estes?
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2) Qual a relação entre os mesmos? Escreva com as suas próprias palavras.
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3) Quais elementos presentes nisto que nós atualmente chamamos de mito da criação da cidade de Roma, podem significar aspectos importantes da cultura romana? Em outras palavras, qual a personagem que representa a ligação da cultura romana com a dos gregos da antiguidade? Ainda, como podemos explicar, a partir do mito, o fato de serem os romanos um povo voltado para a guerra?
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Conclusão
Como vimos, acima, os romanos possuem um mito que conta a sua origem. Todos os povos possuem os seus mitos.
Todo mito é como se fosse um marco zero. Você conhece algum?
Bem, se você já foi ao nosso centro da cidade encontrará lá, em frente, a Catedral da Sé, o nosso marco zero.
Um marco zero este nome porque é a partir dele que as dimensões do nosso município são contadas.
Para entender melhor faça o mesmo com a sua Casa!
Escolha um marco dentro da sua casa. No geral, um marco é sempre algo representativo e importante para alguém ou um grupo. Eu, por exemplo, escolheria ou a geladeira ou o sofá.
Enfim, a partir do marco que você escolher tire as medidas da sua Casa.
Com a cidade de São Paulo acontece a mesma coisa, só que é claro, ela é bem maior que o seu quarto. Com o nosso marco em frente à Catedral da Sé, não é por acaso, que chamamos aquela região de centro.
Afinal, se eu digo que você está no centro, significa que todos voltam a atenção para você. Deste modo, quem criou o marco zero na Sé, o fez, para que, a sua população voltasse a sua atenção para aquela região. Adianto para vocês, mas não digo mais nada, senão deixo de falar dos romanos, mas no centro da cidade de São Paulo você poderá encontrar o mito que foi criado por alguns homens do passado e que contam a fundação da nossa cidade.
Como você o acharia? Muito simples e podemos começar assim: buscando nas esculturas, edifícios e pinturas aquilo que se repete.
E aí, você topa este desafio? Se topar me faça a surpresa e me entregue em forma de trabalho que eu lhe dou a nota merecida!
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Agora é a vez daquela ótima pergunta: Porque estudamos os romanos?
Se o objetivo do nosso grande desafio é descobrir tudo aquilo que contribuiu para formar aquela linda foto do início da apostila, teremos inevitavelmente de falar sobre os romanos.
Vamos, então, fazer uma arqueologia da nossa língua tentando achar vestígios dos romanos.
“Nossa, realmente deve ter tudo a ver, um romano e um brasileiro!”, diria você. Vamos ver algumas palavras que podemos pegar de nossa língua, do italiano e do espanhol.
“Olá, como está você?”
“Ciao come stai?”
“Hola, como estas?”
Muito fácil entender todas elas não. E certamente você ficou espantado ao notar como há mais em comum entre elas do que diferenças.
Isto não acontece por acaso. Dá-se por algo que aconteceu há milhares de anos atrás, quando Roma e seu imenso exército, começou a fazer diversas conquistas territoriais na região do Mar Mediterrâneo.
Para entendermos esta expansão teremos de entender uma importante guerra dentro da História Antiga, no caso, as Guerras Púnicas.
Cole aqui o seu Mapa desenhado em papel vegetal da Itália.
Não esqueça de identificar no mesmo os continentes e os mares.
Cole acima o seu Mapa desenhado em papel vegetal da Itália.
Não esqueça de identificar no mesmo os continentes e os mares.
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A importância das Guerras Púnicas e a expansão do latim
em parte do continente europeu: o marco histórico.
Bom, como nós já aprendemos: uma guerra é como uma briga. Só que uma briga bem grande. Como ninguém briga sozinho (você sempre verá no mínimo duas pessoas brigando), com os romanos da antiguidade não foi diferente. Mas como surge uma briga ou uma guerra?
Se você se lembra bem, uma briga ou uma guerra surge sempre quando as duas partes que estão em desacordo não conseguem resolver os seus problemas dialogando. Deste modo, a briga ou a guerra é sempre a maneira mais violenta de se resolver um problema.
Do mesmo modo, há mais de 2100 anos atrás, uma guerra mudaria a história de Roma. Este conflito chamado de Guerras Púnicas seria um novo marco na história de Roma, pois a partir dela os romanos só conquistariam mais e mais terras, mais e mais povos. Coisa fácil de se compreender em um povo que se considera descendente do deus da guerra Marte (Ares).
Os púnicos (poeni) eram a forma que os romanos chamavam os fenícios na Antiguidade. Os fenícios eram um povo conhecido pela sua grande habilidade como navegantes e comerciantes. Habitavam diversas regiões litorâneas banhadas pelo mar Mediterrâneo.
Dentre estas regiões, podemos apontar uma importante cidade-estado conhecida como Cartago, que há 2100 anos atrás, era uma cidade muitíssimo rica. Tão rica que não é, por acaso, que em diferentes momentos históricos, gregos, egípcios e romanos tentaram conquistá-la.
Cole aqui o seu Mapa desenhado em papel vegetal da Ilha da Sicília e da cidade de Cartago no mesmo mapa.
Não se esqueça de identificar no mesmo os continentes e os mares.
Roma, que na época estava se tornando também uma forte cidade-estado, via com preocupação o crescente poder de Cartago. Seria como se o Palmeiras fizesse uma grande contratação, o que tornaria o seu elenco muito forte, e o Santos visse ameaçada a conquista dos seus títulos.
A razão do conflito entre ambas as cidades-estado, deu-se porque tanto o governo de Roma, como o governo de Cartago estavam interessados em controlar uma mesma ilha, no caso, a Sicília, mais ou menos, como duas crianças disputando um mesmo brinquedo.
Como nem o governo de Roma e tampouco o governo de Cartago estavam interessados em dialogar e, ainda para piorar a situação, ambas as cidades-estado eram rivais, ocorreriam as Guerras Púnicas.
Cole aqui o seu Mapa desenhado em papel vegetal da Ilha da Sicília e da cidade de Cartago no mesmo mapa.
Não se esqueça de identificar no mesmo os continentes e os mares.
Roma sairia vitoriosa das 3 grandes guerras que ocorreriam dentro de aproximadamente 100 anos.
Vitoriosa?
Mas até onde se vence uma guerra? Quantas são as mães que perdem os seus filhos e pessoas que perdem a sua vida? Quais são as pessoas que se beneficiam com a guerra e após ela?
Por exemplo, na batalha de Canas (236 a.C.) o cartaginês Aníbal comandando 100 mil homens, aniquilaria 60 mil romanos, com uma parte de sua tropa montando elefantes.
Por sua vez, o exército romano na última e derradeira batalha aniquila os cartagineses, escraviza os sobreviventes e deixa em ruínas a cidade habitada por milhares de pessoas.
Bom, encerro este bloco de estudo sobre Roma Antiga da seguinte forma, deixando com vocês a importante tarefa de encontrarem uma resposta para as questões colocadas logo acima. Vamos agora falar de um pouco mais da história dos romanos.
TAREFA: Responda e entregue o trabalho para o professor.
1) Até onde podemos considerar que um povo sai vitorioso em uma guerra?
2) Quantas são as mães que perdem os seus filhos e pessoas que perdem a sua vida?
3) Quais são as pessoas que se beneficiam com a guerra e após ela?
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Mais vestígios dos antigos romanos que encontramos em nossa cultura: República (uma das variadas formas do Estado).
Bom, se as Guerras Púnicas foram um importante marco dentro da história de Roma na Antiguidade, porque após a vitória sobre os grandes rivais os romanos estenderam os seus domínios para além do imaginável, levando os seus costumes e tradições, tal como, o latim que falavam para o contato com os povos e culturas das mais variadas.
Observe as notas de R$ 50 e R$ 100 reais.
Desafio: Em ambas você encontra o nome oficial do Brasil! Qual seria este nome?
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Bem, com o nome Brasil você está muito mais que acostumado. Nosso nome veio de uma árvore que os portugueses conheciam da Ásia, da qual era possível extrair uma tintura com a cor de brasa após a raspagem do seu tronco e da imersão em água quente. Agora com República Federativa, eu tenho certeza que não estão acostumados!
Conseguimos entender o sentido de alguma palavra, mesmo, às vezes, não sabendo exatamente o significado dela, pensando em algumas coisas as quais estamos acostumados a ouvir de pessoas, na televisão, escola, entre outros.
Por exemplo, a palavra Federativa. Todos já ouviram falar de Federação Paulista de Futebol; e o que é a Federação Paulista de Futebol? Basicamente é a associação de todos os clubes paulistas.
Mas no caso do Brasil quem estaria associado? Esta é fácil hein! Obviamente, todos os estados brasileiros e o distrito federal: Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amapá, Sergipe, etc...
Bem, agora sabemos o significado das palavras Brasil e Federativa, mas qual seria o significado da palavra: República?
Uma das palavras que dá nome ao nosso país vem do latim, no caso, res publica = coisa do povo. Mas para ser sincero ela significa muito mais do que isto.
Você se lembra de quando estudamos o significado da palavra Estado? Pois, então, na época discutimos diversas coisas e chegamos à conclusão de que o Estado era um tipo de instrumento.
Um copo é um instrumento, que, no caso, serve principalmente para se beber algo. O Estado também é um instrumento, que, no caso, serve para governar.
Do mesmo modo como o copo é um instrumento que serve para ser usado por uma pessoa, o Estado também serve para ser usado ou por uma pessoa, ou por um grupo de pessoas.
DESAFIO: Vamos pensar então. Se um copo possui formas variadas poderíamos dizer que o Estado também possui formas variadas? O que você acha? Justifique muito bem a sua resposta.
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Note que todos os copos acima possuem formas variadas. Embora com formas tão diferentes, partilham alguma coisas em comum. Por exemplo, são todos instrumentos e, como tais, possuem um objetivo principal.
O objetivo principal dos copos é, portanto, servirem e realizarem a vontade de uma pessoa. Eles retêm líquidos e desta forma facilitam a ação de beber.
Tal como os copos, um Estado possui formas variadas. Ele pode ter a forma de uma monarquia, república, regime parlamentar, etc, etc, etc.
PARA CONCLUIR, voltando ao nome completo do nosso país! “- Quer dizer então que a palavra REPÚBLICA (de República Federativa do Brasil) diz respeito à FORMA do instrumento de governo da vida das pessoas que o nosso país tem?”
Sem dúvida.
Na nossa atual República brasileira as pessoas que utilizam o instrumento Estado são eleitas pelo povo brasileiro. E esta é a principal característica da forma do nosso Estado.
Note que em uma monarquia, por exemplo, as pessoas não elegem aqueles que controlam o instrumento Estado para lhes governar, pois o poder de usar este instrumento em uma monarquia é transmitido de pai para filho.
Roma em sua antiguidade deixou-nos este legado que foi depois reformulado muitos e muitos séculos à frente (em 1789) pelos franceses, no caso, o de possuir uma forma de Estado onde aqueles que governavam a vida do povo romano eram eleitos pelo próprio povo romano.
Bem, como não eram todos os cargos de governo do Estado Romano em sua antiguidade, que resultavam do voto, veremos com maiores detalhes as características mais marcantes desta forma de se decidir.
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Comentários
Att, Rúbia Mikaele
Email: rubiamikaele@gmail.com